sábado, 25 de setembro de 2010

RESULTADOS PÍFIOS NO EXAME DE ORDEM!

A OAB fez e divulgou um interessante relatório acerca do mais recente exame de Ordem (é incorreta a terminologia "última"). Em termos de Londrina, a UEL (novamente) obteve o primeiro lugar com índice de aprovação de 50%, isto é, em cada 100 examinados, 50 são aprovados. A média é  bem acima da registrada no Paraná, cujo resultado é pífio-cerca de 19%. De outro vértice em termos de Brasil, a média paranaense é boa, embora irrisória. Dentre as Instituições privadas (em Londrina), a segunda mais pontuada, obteve 23%, percentual abaixo da metade da primeira colocada, sendo que  em outras renomadas Instituições, o índice ficou em insignificante 11%. Já é hora, ou melhor, já passamos do momento de rever os conceitos, ou seja,  as causas  destes parcos percentuais.
 Em Ciências penais (penal e processo) o índice de acerto por questões é um dos mais baixos, isto é, dentre as disciplinas arguidas, Penal possui índices alarmantes em termos de acertos de questões, ficando bem atrás de outras matérias, como Direito Constitucional e Direito do Consumidor. Com relação a este aspecto, uma causa (dentre as gerais) transparece de imediato (afora a imensa tecnicidade e dificuldade da disciplina), é que despreza-se  em sala de aula a  aplicação de regras principiólogicas da Constituição, e para agravar a situação, não se dá a obrigatória atenção ao Direito internacionlaista/universalista, dito de outra forma: despreza-se a explicação da influência dos Tratados sobre Direitos Humanos, bem como o Direto Supra-Constitucional (que muitos professores olvidam-se em explanar), a exemplo das regras do Estatuto de Roma, que criou o Tribunal Penal Internacional. Outro fator ensejador de alto índice de erros é eventual falta de comprometimento entre o biômio Docente/Discente, pois, muitas vezes um "finge que ensina e outro finge que aprende", vez que quando ocorre a austeridade por parte do Professor, muitos alunos, o "queimam", e de imediato procuram incautos responsáveis (?) para pedir a "eliminação" deste algoz, pois, em muitas Instituições mais vale a permanência de meia dúzia de alunos, ao invés de um professor (que com seu ensino crítico), pode ensejar  rescisão contratual do contrato de ensino. Interesses mercantilistas prevalecem sobre o aspecto educacional, contudo, felizmente, a OAB juntamente com sérios empreendedores do ramo,  começam a divulgar os resultados (pífios) de aprovação no Exame de Ordem, procurando soluções justas para o triste acontecimento.
 Quem sabe assim, ocorra uma brusca alteração nos valores: a Instituição ensina, e o discente aprende. No médio prazo todos ganharão, inclusive o cidadão que contará com profissionais aptos na apreciação de sua causa.
É o que há!

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