domingo, 12 de junho de 2011

*Brasil desperdiça tempo de aula! gazeta do povo
As salas de aula brasileiras são mais indisciplinadas do que a média de 55 países avaliados em estudo sobre o comportamento dos alunos

Os estudantes brasileiros passam menos tempo em sala de aula do que os alunos de outros países e o período muitas vezes é mal aproveitado por causa da indisciplina. Um relatório divulgado neste ano pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra que as salas de aula brasileiras são mais indisciplinadas do que a média dos outros países avaliados.
O estudo, feito com dados de 2009 do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), aponta que 67% dos alunos brasileiros entrevistados disseram que seus professores “nunca ou quase nunca” têm de esperar um longo período até que a classe se acalme para dar prosseguimento à aula. Entre os 65 países participantes da pesquisa, a média ficou em 72%.

Interrupção afeta desempenho
Segundo o relatório da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, salas de aula e escolas com mais problemas de disciplina levam a um aprendizado menor, já que os professores têm de gastar mais tempo criando um ambiente ordeiro antes que os ensinamentos possam começar. Estudantes que afirmaram que as lições de leitura são frequentemente interrompidas tiveram um desempenho pior que alunos que disseram que há poucas interrupções nas aulas.
Além da indisciplina, porém, há outros fatores que roubam um tempo precioso da aprendizagem, como a cópia de instruções passadas no quadro e as chamadas. “De forma genérica, se poderia dizer que a cópia, enquanto mera transcrição de informações do quadro ou do livro, para jovens alunos que já têm livros e computadores à disposição em suas escolas, corresponderia a uma baixa probabilidade de gerar interesse, participação e especialmente elaboração de conhecimentos por parte dos alunos”, afirma Tânia Maria Braga Garcia, professora do Departa­­mento de Teoria e Prática de Ensino e do programa de pós-graduação em Educação da Univer­­sidade Federal do Paraná. A professora Maria Márcia Malavasi ressalta que a escola precisa oferecer recursos pedagógicos que auxiliem o professor, para que ele não perca tempo escrevendo na lousa.

Segundo Malavasi, outra atividade sem objetivo pedagógico e que toma muito tempo é a chamada. “Em classes muito grandes, um assistente poderia passar uma lista de presença para os alunos escreverem seus nomes”, sugere. Também não é recomendável utilizar o tempo da aula para organizar o espaço onde a atividade escolar será realizada ou para corrigir provas, quando esse trabalho deveria ser feito na hora-atividade (período extraclasse previsto na jornada dos professores e incluído em sua remuneração).
Os países asiáticos são os mais bem colocados no estudo: no Japão, 93% dos estudantes disseram que os professores “nunca ou quase nunca” precisam esperar um período extenso para prosseguir com a aula. Em segundo lugar no ranking dos mais comportados aparece o Casaquistão, com 91%, seguido por Xangai (China), com 90%, e Hong Kong (China), com 89%. Os países onde os professores precisam esperar com mais frequência para que a turma se acalme são Finlândia e Holanda (63%), Argentina e Grécia (62%). O estudo foi feito com alunos de 15 anos de idade.
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