sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

*AINDA SOBRE O EXAME DA ORDEM*
Neste ano, 105.315 candidatos se inscreveram para o exame. Dos 47 mil candidatos aprovados para a segunda fase, só 12.614 (12%) passaram nos testes que permitem ao bacharel em direito exercer a profissão. Não há como negar o baixo índice de aprovação, assim, algumas explicações podem ser utilizadas para achar os motivos dos pífios índices:
1º) A remuneração paga aos docentes beira ao ridículo (tirante exceções), assim, o professor fica impossibilitado de aperfeiçoar seus conhecimentos;
2º) Há muitas instituições de ensino que visam apenas o lucro, isto é, o discente nela matriculado pode ficar tranquilo, pois, mesmo sem as habilidades necessárias, obterá o diploma;
3º) Existem professores desqualificados para a função, seja em razão dos baixos rendimentos, ou por sua própria culpa e comodismo;
4º) Existem estudantes que, com todo respeito, pensam que um curso de Direito exige apenas a "dedicação normal de estudos", e estudando em fracas instituições de ensino (que apenas se preocupam em "passar" o aluno), ao se defrontarem com as exigências do exame, fatalmente serão reprovados;
5ª) O conteúdo pedido nas provas da OAB, está muito "teorizado", esquece-se que nesse momento deve ser avaliada a capacidade de raciocínio do candidato;
6º) O discente recém saído das instituições, não se preocupa (com a necessária atenção) em fazer uma proficiente revisão de estudos, achando que já possuí os requisitos indispensáveis para sua aprovação, ademais, imaginam que as notas obtidas durante o curso de direito, o tornam aptos ao novo sucesso.
Mas há uma luz no fim do túnel, algumas instituições de ensino, estão desprezando a relação de consumo, isto é, estão agindo com rigidez, pemitindo aos docentes que exijam do discente, mas também exigem  do docente uma qualidade eficiente no ensino, fazendo com que todos exijam de si mesmos: um leciona, o outro aprende, pois caso contrário nem aluno, nem professor e nem instituição de ensino sobreviverão.
Enfim, como se denota, vários são os fatores que contribuem para o insucesso, e de outro lado, ser cobrado R$ 200 por exame é uma afronta: 100 mil candidatos multiplicados por este valor gera uma receita muito alta, portanto, não está sendo cobrado um valor desproporcional?!
É o que há!

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profissional crítico do Direito...que concilia a racionalidade com as emoções..ou pelo menos tenta....avesso à perfídia...e ao comodismo que cerca os incautos... em tempo: CORINTHIANO!!

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