segunda-feira, 11 de março de 2013

Alfabetização

Um grande "pobrema" de português

Dificuldade em dominar a língua materna vem da falta de leitura e de falhas na educação básica. O reflexo aparece em provas, tra

 

Para driblar a defasagem dos alunos em português, alguns professores adotam métodos individuais assim que detectam o problema nas turmas. O professor de Odontologia da PUCPR Paulo Sergio Batista, por exemplo, pede que seus alunos tomem muito cuidado na hora de escrever, desde o começo do curso. Para ajudá-los, Batista envia a eles, por e-mail, as normas do novo acordo ortográfico e tem o hábito de corrigir os erros ortográficos e gramaticais nas avaliações.
 
É por causa dessa insistência que ele consegue perceber, conforme os estudantes passam para os períodos seguintes, que ocorre uma melhora na escrita. “Nos anos finais, eles estão bem melhores, muito diferentes de quando chegaram ‘crus’ do ensino médio”, comenta Batista.
 
Lacuna
 
Embora não seja papel das instituições de ensino superior corrigir os buracos que o ensino básico deixou no português, há universidades que fazem o que chamam de aulas de nivelamento, que servem para ensinar ao universitário conteúdos que já deveriam ser dominados antes de ingressar no ensino superior.
Três em cada dez universitários brasileiros fazem parte de um grupo com nível básico de alfabetização.
 
 Isso significa que, mesmo dentro da faculdade, cerca de 30% dos estudantes têm grau de letramento abaixo da média – eles leem e compreendem textos médios e curtos, mas não dominam documentos grandes e complexos.
 
 Os dados fazem parte do último levantamento do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), de 2011/2012.
 
Essa realidade é sentida por professores dentro da sala de aula, independentemente da área do conhecimento. Em cursos de Humanas, Saúde ou Exatas, os docentes percebem que há algo errado com o domínio do português entre os alunos. Os problemas não se restringem a erros gramaticais; estão principalmente na dificuldade de articular ideias e produzir textos com mais de dez linhas.
 
Basta corrigir uma prova discursiva ou um trabalho para que o professor descubra que casos desse tipo não são raros. Foi assim que o professor de Odontologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Paulo Sergio Batista percebeu que muitos de seus alunos compreendiam o conteúdo da disciplina, mas não conseguiam escrever e organizar ideias durante uma prova. Para dar respostas mais longas, a solução encontrada por parte dos estudantes é redigir os pensamentos em tópicos.
 
 
Consequências
Patinar no português pode afetar o aprendizado e até o exercício da profissão.
 
No primeiro caso, o estudante tem dificuldade em compreender textos mais complexos e não consegue ter um desempenho pleno.
 
No segundo, mesmo que domine bem a parte técnica, o profissional pode ser rejeitado por ter um texto ruim. Angela lembra que, nas Engenharias, os profissionais fazem muitos relatórios e documentos mal elaborados comprometem todo o processo de trabalho.

O professor Bruno Dallari, do Departamento de Linguística da Universidade Federal do Paraná (UFPR), diz acreditar que
 
"a culpa dessa defasagem no conhecimento da língua materna está na deficiência da educação básica brasileira e na falta de leitura antes e durante o ensino superior"
 
 
 
 
 
 

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